terça-feira, 13 de outubro de 2009

Células tronco e Clonagem Terapeutica

A polêmica do uso de células tronco surge quando se trata de retirarem-se células-tronco de embriões, tendo em vista que isso implica na destruição de muitos deles. Há argumentos que o extermínio desses embriões é tão criminoso quanto o aborto, uma vez que acaba com uma forma de vida.
Existe um grande dilema ético e moral quanto ao uso de embriões congelados, já que isto implicaria no possível mau uso desses embriões.
Há também a questão de ter que sacrificar embriões (congelados), isso também envolve a concepção e os questionamentos de quando se inicia a vida. Resposta essa que a ciência ainda não conseguiu nos dar. Muitos acreditam que a concepção acontece no momento da fertilização do óvulo, isso então implicaria no real sacrifício da vida do embrião.
Outros estudiosos acreditam que a vida somente se inicia no momento do nascimento, assim então, não teria nenhum problema em sacrificar esses embriões, que teoricamente não estariam vivos. Porém há casos cientificamente comprovados em que embriões congelados por 10 anos foram implantados nos úteros de mulheres, nasceram então crianças que viveram.

A clonagem não serve apenas para a criação de cópias de seres humanos, há também uma grande possibilidade de curar diversas doenças que atualmente não tem tratamento adequado. Isso é a clonagem terapêutica.
Processo esse que consiste em obter um embrião da pessoa enferma por meio da clonagem e retirar suas células-tronco.
Se isso acontecesse a pessoa enferma seria a sua própria doadora e não correria o risco de sofrer rejeição pelo seu organismo, já que as células que foram utilizadas seriam retiradas de seu clone que consequentemente teria a mesma composição genética.
O problema está no fato de que essas clonagens serem teoricamente possíveis, mas na prática isso realmente não acontece, há grandes riscos de acontecerem alterações gênicas e anomalias.
Um grande exemplo foi com a ovelha Dolly, para se conseguir criá-la houve uma série de tentativas frustrantes que geraram resultados negativos.
No caso do ser humano ainda não se pode aplicar uma pesquisa que esta em grau deficiente de credibilidade. Não se podem fazer tais pesquisas se não há segurança cientifica para tal procedimento. Isso nos leva novamente ao dilema do respeito a vida, à questão da ética, na dignidade do ser humano e na sua individualidade.
Havendo a possibilidade do uso de células-tronco originárias da medula óssea ou de cordões umbilicais seria o mais indicado, correto e ético no auxilio ao tratamento das diversas enfermidades citadas anteriormente.
O ser humano não é imparcial o suficiente para não visar seu próprio interesse. Ainda somos influenciados por questões materiais.
Devemos levar em consideração em que há interesses comerciais para a aprovação da clonagem humana.

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